domingo, 12 de outubro de 2014

Conferindo os instrumentos do painel

 Pensando bem, eu devia tentar fazer os instrumentos funcionar antes de abrir, então comprei um cabo de velocímetro de CG e liguei no conta-giros. No início ele não funcionou e em seguida ele começou a registrar as rotações do motor, após "umas" aceleradas. Fiz uma gravação e notem que a marcha lenta dela está em 1500 rpm, nada mal.




De qualquer maneira, vou abrir para limpar a lente e o mostrador já que vou fazer isso com o velocímetro, assim, os dois ficarão iguais. Só registrando, o cabo de CG não serve nela e foi usado somente nesse teste.
Meu irmão apareceu no sábado e ficou olhando para o velocímetro tentando entender o funcionamento dos hodômetros conforme eu disse que faria. Eu insisti que precisaríamos fazer uma bucha para fazer o eixo ficar alinhado.
Eu queria colocar uma bucha bem ali
 Eu já havia achado o material para fazer a bucha...lembram do tubo de caneta que seria usada para substituir aquele duto dentro carburador, estão era ele que seria a bucha. Inclusive, ele aparece na foto ao lado esquerdo do alicate.
Nesse meio tempo, ligou um colega que comprou uma GS 800 da BMW e queria me mostrar, além de ver a RD. Descemos e tirei a RD da garagem, andando é claro e esperamos sua chegada. Nossa, a moto é muito grande e não sei qual é a graça nesse tipo de moto. Prefiro motos mais ágeis, por exemplo a Hornet ou a Tenéré.
Mostrei o que eu havia feito na RD, o que faltava fazer, blá, blá, blá e ele foi embora.
Voltando ao velocímetro, chegamos a conclusão que não precisaríamos embuchar, pois o hodômetro parecia estar funcionando. Montamos tudo novamente e hoje eu liguei na saída do conta-giros para testar. Correu tudo bem e os hodômetros passaram a registrar a kilometragem.
Completando o dia, retirei os escapamentos, o coletor de escape e o suporte das pedaleiras. Vou procurar uma junta para o coletor e mandar acertar as pedaleiras. O pedal do freio traseiro pega na pedaleira e o freio não funciona bem. Além de instalar lã de vidro nos silenciosos dos escapes.
Um fato curiosos que acontece com essa moto é "dar" pane seca mesmo tendo gasolina. O desenho do tanque dela "abraça" o quadro e acaba não havendo comunicação entre um lado e outro do tanque, ai precisamos tombar a moto para a gasolina passar. Ocorre que ela tem uma solução para isso, que é um duto plástico conectando uma lado ao outro por de fora do tanque...foi ai que lembrei que os pontos onde esse duto é conectado estão entupidos. Tentei com arame e não fez a curva. Comprei um cabo de aço de acelerador e parece que dará certo. Vou ligar o cabo em uma furadeira e tentar desentupir. Caso confirme, fica a dica.
Não contei nenhuma história nesses dias, então lá vai mais uma. Havia um sítio da avó de umas colegas (irmãs) em um local chamado "Cachoeirinha" e, pelo que lembro, tomávamos a estrada para gruta em Cachoeiro e seguíamos até lá. Hoje não saberia como ir. O que fazíamos lá? Nada, era só um bom motivo para passear de moto. Numa dessas vezes, estávamos só eu e o colega da ML preta, ambos com "garupa", "batendo" um "pega". Eu seguia na frente e ao passar sobre um "pontilhão" em uma lombada, caí com a moto desalinhada, a roda traseira deu uma "chicotada" e caímos. Levantei, logo vi que a moto não tinha sofrido nenhum dano sério e que eu também não...é, a moto primeiro. O colega da ML chegou perguntou se estava tudo bem, eu confirmei, mas...onde estava o meu garupa? Ele havia sido arremessado e caiu lá embaixo do pontilhão. Graças a Deus não houve nada com ele...lembrando que não usávamos capacete nessa época, 1978, tínhamos 12 anos e pesávamos 39 Kg.
No próximo domingo mostro como ficou o som dela com lã de vidro no silencioso.



quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Como já era esperado...mais uma "gambiarra".

Hoje estou de plantão por causa das eleições e não pude mexer na moto, mas andei nela ontem. Foi um passeio maior que o da semana passada pelas ruas do parque das castanheiras. Coloquei 6ª marcha, a embreagem e o câmbio na falharam. Antes disso, retirei a tampa lateral,fiz uma verificação geral e não identifiquei nenhum vazamento nos retentores do pinhão, virabrequim e eixo da embreagem. Só está muito sujo com óleo seco. A primeira vista, o interruptor do neutro está inteiro também.
Daí fui para o principal, o magneto. Para quem não sabe, isso é uma peça que produz energia elétrica fazendo um conjunto de imãs girar em torno de duas bobinas. Uma delas produz o sinal que vai para ignição, gera as faíscas das velas e detonam o combustível nos cilindros. Da outra bobina sai o sinal que é retificado em corrente continua e alimenta a iluminação, buzina e carrega a bateria. Na RD 350 original, o que existe é um gerador cuja diferença é a fonte do campo magnético, ao passo que o campo é produzido por imãs no magneto, no gerador o campo é produzido por bobinas alimentadas pela bateria. É uma diferença sutil, mas o resultado prático é que as motocicletas equipadas com magneto não precisam de bateria para andar. Então, o magneto não é o vilão do filme "X mens". kkkkkk
Os colegas lá do sul descreveram a adaptação deles, onde substituíram a ponta do virabrequim da RD antiga pela da RDLC e dai pra frente instalaram todo o sistema de ignição da RDLC. E eu estava procurando saber se a ponta do virabrequim já havia sido adaptado e, pelas foto abaixo, percebe-se que não foi.


Vejam que há um parafuso que alonga o eixo do virabrequim e várias porcas servindo de espaçadores...mais uma "gambiarra" que encontrei nela. E a "cereja do bolo" foi descobrir que a bobina da iluminação não está instalada...inacreditável, vou abrir novamente, pois não estou acreditando que fizeram isso. E se fizeram, vou ter que sacar a "m#$@da" do rotor para instalar a bobina.

A parte boa foi descobrir que a mesa dela é de RX 125 e que há uma maneira de alongar o virabrequim sem substitui-lo. Em um dos blogs que visitei no início de meu projeto vi a adaptação e não entendi bem na época. Agora, percebi que fixaram um "prisioneiro" na ponta do eixo do virabrequim, usaram uma mesa e rotor de RX e bobina de CB 400.
Bobina de CB 400


A bobina de iluminação é a de baixo e reparem o prisioneiro na ponta do eixo.

A mágica de gerar faíscas alternandas com um sistema de ignição para motos de um cilindro é feito pela bobina conforme já explique em outra postagem.
Terei que criar coragem, remover esse rotor, instalar a bobina, substituir o parafuso pelo prisioneiro e substituir o rotor.
Enquanto a coragem não vem, estou mexendo nos instrumentos do painel. Ontem eu abri o velocímetro.


Eu acionava o velocímetro com uma chave e o ponteiro não se mexia, além dos odometros que não registravam nada. Identifiquei o problema dos odometros, mas o ponteiro eu não sei o que impede o funcionamento. O problema dos odometros está no mancal de um pequeno eixo que está gasto e penso que vai ser fácil fazer uma bucha. Para descobrir o que há de errado com o ponteiro vou apelar para meu irmão. Ele adora ficar olhando para essas coisas.
Na semana que vem vou tirar as descargas e fazer as juntas dos coletores de escape, colocar os elementos dos silenciosos e remover as pedaleiras dianteiras para desempenar. Até lá!!!