quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Como já era esperado...mais uma "gambiarra".

Hoje estou de plantão por causa das eleições e não pude mexer na moto, mas andei nela ontem. Foi um passeio maior que o da semana passada pelas ruas do parque das castanheiras. Coloquei 6ª marcha, a embreagem e o câmbio na falharam. Antes disso, retirei a tampa lateral,fiz uma verificação geral e não identifiquei nenhum vazamento nos retentores do pinhão, virabrequim e eixo da embreagem. Só está muito sujo com óleo seco. A primeira vista, o interruptor do neutro está inteiro também.
Daí fui para o principal, o magneto. Para quem não sabe, isso é uma peça que produz energia elétrica fazendo um conjunto de imãs girar em torno de duas bobinas. Uma delas produz o sinal que vai para ignição, gera as faíscas das velas e detonam o combustível nos cilindros. Da outra bobina sai o sinal que é retificado em corrente continua e alimenta a iluminação, buzina e carrega a bateria. Na RD 350 original, o que existe é um gerador cuja diferença é a fonte do campo magnético, ao passo que o campo é produzido por imãs no magneto, no gerador o campo é produzido por bobinas alimentadas pela bateria. É uma diferença sutil, mas o resultado prático é que as motocicletas equipadas com magneto não precisam de bateria para andar. Então, o magneto não é o vilão do filme "X mens". kkkkkk
Os colegas lá do sul descreveram a adaptação deles, onde substituíram a ponta do virabrequim da RD antiga pela da RDLC e dai pra frente instalaram todo o sistema de ignição da RDLC. E eu estava procurando saber se a ponta do virabrequim já havia sido adaptado e, pelas foto abaixo, percebe-se que não foi.


Vejam que há um parafuso que alonga o eixo do virabrequim e várias porcas servindo de espaçadores...mais uma "gambiarra" que encontrei nela. E a "cereja do bolo" foi descobrir que a bobina da iluminação não está instalada...inacreditável, vou abrir novamente, pois não estou acreditando que fizeram isso. E se fizeram, vou ter que sacar a "m#$@da" do rotor para instalar a bobina.

A parte boa foi descobrir que a mesa dela é de RX 125 e que há uma maneira de alongar o virabrequim sem substitui-lo. Em um dos blogs que visitei no início de meu projeto vi a adaptação e não entendi bem na época. Agora, percebi que fixaram um "prisioneiro" na ponta do eixo do virabrequim, usaram uma mesa e rotor de RX e bobina de CB 400.
Bobina de CB 400


A bobina de iluminação é a de baixo e reparem o prisioneiro na ponta do eixo.

A mágica de gerar faíscas alternandas com um sistema de ignição para motos de um cilindro é feito pela bobina conforme já explique em outra postagem.
Terei que criar coragem, remover esse rotor, instalar a bobina, substituir o parafuso pelo prisioneiro e substituir o rotor.
Enquanto a coragem não vem, estou mexendo nos instrumentos do painel. Ontem eu abri o velocímetro.


Eu acionava o velocímetro com uma chave e o ponteiro não se mexia, além dos odometros que não registravam nada. Identifiquei o problema dos odometros, mas o ponteiro eu não sei o que impede o funcionamento. O problema dos odometros está no mancal de um pequeno eixo que está gasto e penso que vai ser fácil fazer uma bucha. Para descobrir o que há de errado com o ponteiro vou apelar para meu irmão. Ele adora ficar olhando para essas coisas.
Na semana que vem vou tirar as descargas e fazer as juntas dos coletores de escape, colocar os elementos dos silenciosos e remover as pedaleiras dianteiras para desempenar. Até lá!!!

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