domingo, 27 de julho de 2014

Os cilindros funcionaram juntos..que bom!!!

Retirei a roda traseira ontem. Levantei a moto usando o macaco hidráulico que comprei só para isso e retirei a roda com muita facilidade, apesar da instabilidade da moto sobre esse macaco. Vou ter que pensar em outra solução para manter essa moto em pé quando for mexer nas rodas.
O sistema da roda traseira da RD 350 é muito interessante. Existe um eixo maciço passante e um outro oco que fixa a coroa. Isso permite remover a roda sem mexer na corrente...muito prático.
Levei a roda para consertar e fui procurar os tork induction, os esticadores de corrente e uma chave de boca com 30 mm. É, o parafuso desse eixo oco é grandão e não tenho essa chave! Primeiro, procurei um borracheiro e não encontrei. Acabei comprando uma camada de ar nova e levando a uma oficina para substituir tudo. Só para "variar", a roda da moto causou espanto. A panela do freio muito grande e os raios muito pequenos provocaram a curiosidade das pessoas na oficina. Ai vieram as perguntas de sempre...RD?...que RD?...num pode, a roda da RD num era assim, essa moto é perigosa e blá, blá, blá...kkkkk. Era isso que eu queria e imagina quando virem na rua e andando.
No final, não achei os tork induction, nem os esticadores de corrente e não deu tempo para comprar a chave de boca. Voltei pra casa e montei a roda sem colocar o esticador de corrente para continuar procurando. Lembrando que a furação do esticador da esquerda é maior que o da direita por causa do eixo oco.
Hoje fui confirmar o funcionamento do motor e tentar ajustar a marcha lenta.
Levei a moto para fora, dei a partida e bingo!!! Os dois cilindros estavam funcionando. Desliguei e liguei novamente...não foi sorte!!! Funcionavam juntos...quem bom!
Segui fazendo a regulagem da marcha lenta e, como nunca fiz isso em um motor com 2 cilindros, usei o procedimento do manual da RD. Ajustei a altura dos "copinhos" (pistonetes) verificando com os dedos a posição dos mesmos e abri a entrada de ar dando 1 volta e meia no parafuso. Regulei os parafusos de marcha lenta para ela ficar acelerada e liguei a moto. Ai era ir mexendo nos parafusos de entrada de ar até achar o ponto de maior aceleração e desacelerar no parafuso de marcha lenta. Mas, apesar de ligar com facilidade e os cilindro funcionarem juntos, ela não fica em marcha lenta. Fica acelerada e acaba morrendo. Tentei com mais ar, menos ar e nada. Até que chegou um bêbado...só faltava essa...e começou a dar palpites (puta que pariu). As pessoas não conhecem essa moto sóbrias e esse "bebum" pensava que conhecia. Tava ficando escuro, então resolvi guardar a moto e aguardar a chegada dos tork induction...é, encontrei e encomendei. Além disso, penso que a instalação dos novos coletores de admissão vai torná-la mais estável. Mas só será possível instalar os coletores com os tork induction. Verifiquei também que os parafusos de marcha lenta que estão nela parecem pequenos e dá pouco ajuste. Vou procurar outros.
Lembrei de uma boa hoje. No centro de Marataizes havia uma pequena igreja próximo à "Bacia das Turcas" e ao antigo quebra-mar que protegia a chegada dos barcos de pesca. A torre do sino era igualmente pequena e fácil subir. Ai, era só jogar a corda do sino para o lado de fora, arrumar um osso, amarrar na corda do sino, pegar alguns cães vira-latas e pronto!! O sino tocava a noite toda!!!! kkkkkkk

E o motor não funcionava direito

Como o motor não funciona corretamente nem rezando, passei a me concentrar na recuperação do banco que ficou um pouco esquecida.
Comprei um disco de lixar para furadeira, lixas d'agua, parafusos em aço inox e fiz o acabamento da base do banco. Fixei os parafusos com fibra de vidro, pintei e pronto...

Figura 13 - A base do banco pronta.


 Experimentei os encaixes no quadro da moto e ficou ótimo. Agora é só levar ao capoteiro e aguardar.
Estava desistindo em fazer um banco rabeta por duvidar que haveria um bom capoteiro que soubesse o que é um banco rabeta, mas fui surpreendido. Pois o camarada, além de dizer que fazia o banco e gravaria o "Yamaha" na rabeta, era um admirador de RDs 350. Inclusive, ele reconheceu o banco quando cheguei em seu estabelecimento. Coisa rara aqui no Espírito Santo...ninguém conhece essa moto por aqui.
Só que a vontade de ver a moto andando era grande, então eu a ligava todos os dias quando chegava em casa e o comportamento era o mesmo...só o cilindro da esquerda funcionava. Acontece que chego sempre por volta das 22:45h e os silenciosos dela não estão "abafando" nada...não precisa explicar muito!! Dá pra ouvir lá no 15º andar...kkkk. Mas ninguém reclamou ainda.
Outra coisa que fiz foi arrumar as descargas. As fixações não estavam boas...na verdade, os canos estavam fixados nos coletores de escape através de abraçadeiras de plástico...que derreteram.
Retirei as descargas, fiz novas furações, comprei as molas de fixação nos coletores e agora está tudo fixado corretamente. Só falta comprar a junta do coletor de escape ainda.

Figura 14 - Descarga guardada no apartamento

Guardei uma das descargas no banheiro de empregada que não é usado. Com o problema de funcionamento do motor, ela jogava muita gasolina pelas descargas e o apartamento ficou com cheiro de gasolina. Eu disse que não sabia de onde vinha o cheiro...
Outro problema era a poça de gasolina que ficava no chão toda a vez que eu ligava a moto. Então passei a fechar o registro, deixar os carburadores secar e assim não haveria gasolina para vazar. Foi ai que achei uma causa provável do mau funcionamento do motor...excesso de gasolina. Quando a gasolina ia acabando, o cilindro da direita funcionava.
Removi os carburadores e dei uma geral novamente, diminui o curso das boias e fixei corretamente o duto do giglée do carburador da direita. Só que levantei uma hipótese falsa que me fez procurar por uma solução inutilmente. É que pensei estar faltado um pequeno duto dentro do carburador da direita, exatamente o problemático.

Figura 15 - Falta um duto


Na figura 15 é possível ver a falta do tal duto no carburador a esquerda. Então, sai a procura de um duto desse tamanho e percebi rapidamente a dificuldade. Pensei, e agora? Um colega de trabalho procurou na sucata dos aparelhos de ar condicionado sem sucesso e eu achei um tubo de carga de caneta esferográfica que poderia servir.

Figura 16 - Tubo metálico da carga de caneta esferográfica

Enquanto procurava um meio de fixar o tubo, resolvi ver qual era a sua função e percebi que não havia nada errado. Na verdade, o duto serve para "pescar" gasolina quando o afogador é acionado e somente um dos carburadores faz isso. O outro recebe ar e gasolina extra por um duto que interliga os carburadores. Guardei a carga de caneta, afinal, nunca se sabe o dia de amanhã e parti para fixar o duto do giglée.
Usando um prego de alumínio, fabriquei um pino para fixação do duto conforme mostrado abaixo.
Figura 17 - Pino para fixação do duto do gilgée.


Vale comentar que encontrei  um pedaço de madeira fixando esse duto!!!!
Mas o pino não foi o bastante e precisei arrumar algo para "embuchar" do duto fixando-o corretamente ao corpo do carburador. E agora, como fazer isso? Foi quando lembrei da tampa de um tubo de bolas de tênis que eu havia comprado recentemente.

Figura 18 - Tampa do tubo de bolas de tênis

Cortei uma tira da tampa e passei a molda-la ao corpo do carburador. Depois, com um pouco de "jeito" e marteladas, cortei os excessos de lata e fiz o acabamento com uma lima. Perfeito, depois de um tempo de uso, ninguém vai ver isso ai.
Figura 19 - Moldagem da "bucha"




Figura 20 - Umas marteladas depois



Figura 21 - Pronto!

Montei tudo novamente e coloquei na moto hoje. Parece que obtive sucesso e os dois cilindros funcionaram juntos. Bem, dentro da garagem é difícil de ver, mas as duas descargas esquentaram bastante.
A parte chata foi descobrir que os tork induction que estão nela não cabem nos coletores de admissão que comprei da RD LC. Mais uma vez, parecem ser peças de DT 180.

Figura 22 - Não deu.


Amanhã vou remover a roda traseira, levar para consertar o pneu que está furado, retirar o "ajustador" de corrente para comprar o outro que falta e procurar um par de tork induction. Fiz consultas no mercado live também e estou aguardando, pois vai ser difícil encontrar aqui na ES.
Figura 23 - Nossa velha CG 1977

Acima, uma foto que tenho de nossa CG 1977. Essa foto foi tirada em frente a nossa casa em Cachoeiro logo após colocarmos o guidão mocho,  descarga esportiva e o mata-cachorro (protetor de motor). Nós não sabíamos, mas era uma café racer...de baixo custo, mas era!
No final de semana que passou descobri que um camarada que joga tênis comigo a muito tempo conhece um monte de colegas meus da época de escola. Mas, o que isso tem a haver com as motos? É que eu disse ter tido uma Puch e ele conhecia uma menina que teve uma também. Eu sei quem era ela, a única que andava de moto...era da "pá virada". Posteriormente, ela vendeu essa Puch para um grande amigo meu. Era laranja essa Puch, feia, não andava nada e vivia dando problema.
Minha Puch era azul, havia uma vermelha e uma mobilete cor de abóbora na minha roda de amigos. Além da Puch laranja. A vermelha era a que andava mais e conseguia subir o morro do Jaraguá com duas pessoas. A minha subia com uma pessoa só, mas era necessário fazer um curvão no meio da subida vedado (acelerando tudo o que podia) sem errar...com duas pessoas, só pedalando. Lembrando que, nós pesávamos entre 45 e 50 Kg.