sábado, 6 de dezembro de 2014

A RD 350 parece perder a força conforme o giro sobe.

Nesse fim-de-semana eu coloquei o blog em dia e fiz algumas verificações na RD.
Uma delas foi confirmar que não há a bobina de geração de energia para iluminação. Eu desconfiava, mas não queria acreditar que alguém teve o trabalho de adaptar a mesa e o volante do magneto e não instalar essa bobina. Pois é, foi o que fizeram.

Não tem a bobina
O lado bom disso tudo é ter sido apresentado ao um cara que conhece RDs aqui no Espírito Santo e, pela conversa que tive com ele, parece que conhece mesmo. Ele falou que já fez a adaptação de ignição de três formas: usando todo o sistema da RD LC e substituindo a ponta do virabrequim, usando todo o sistema da RD LC e adaptando o volante do magneto na ponta do virabrequim original e usando o sistema da DT/RX 180 com a bobina da CB 400 e adaptando o volante do magneto na ponta do virabrequim original . A adaptação da minha é essa ultima, mas a mesa está sem a bobina mencionada anteriormente. Meu desejo é substituir tudo pelo da RD LC, inclusive com a ponta do virabrequim e dependendo de quanto custar, faço.
A outra verificação foi com o desempenho dela. Um dia desses precisei guardar a RD na garagem do primeiro andar do edifício onde moro e ela não subiu toda a rampa. Logo pensei, é o ponto de ignição que está atrasado. Então, resolvi tirar a prova e subi o inicio da estrada que leva ao moro do moreno que é aqui perto de casa. Ela subiu tranquila. Depois, dei umas esticadas em uma rua plana e ela começa a falhar acima de um determinado giro. Passei a esticar, aliviar um pouco quando ela falhava e esticar mais. A impressão é que não é ponto de ignição, é alimentação de combustível. Sei lá o que é isso. Vou revisar o ajuste das boias que podem estar limitando a passagem de gasolina e quando o motor é exigido o carburador seca.
Falei com meu irmão sobre essas experiências que fiz e ele pensa que é o ponto, mas tem um pouco de dúvidas. Então, ele me passou um e-mail propondo roteiro de testes e com um atalho onde ensinam a ajustar carburadores. O atalho é esse ai: http://mecanicamotoshow.blogspot.com.br/2013/02/dicas-de-como-regular-carburador.html

Outra coisa legal foi a chegada da minha GoPro Hero 4. Agora vou poder filmar os reparos na RD 350 e as voltinhas que estou dando nela. E, no futuro, as pequenas viagens que pretendo fazer.
Então, seguem as primeiras fotos da RD feitas pela GoPro.





 E um vídeo.









sábado, 22 de novembro de 2014

O Barulho do motor da RD 350 ficou melhor


Deixei o blog da RD 350 meio abandonado, mas foi por uma causa justa. Eu estava garimpando peças para ela e procurando juntas para os coletores de escape. Ao invés de pensar um pouco e fazer algo inteligente, sai por ai procurando juntas de outros automóveis para tentar adaptar e nada prestou, visto que havia a necessidade de cortar e, enfim, nunca ficava bom.


Mesmo ruim, fui instalar as juntas, pois estava muito curioso para ver o barulho dela com os coletores bem vedados e lã de vidro nova no silencioso. Foi ai que percebi o estado dos coletores e conclui não existir junta que funcionaria ali. Tentei retificar os coletores com a micro retifica de meu irmão. Fiquei horas trancado na cozinha para não fazer barulho (não pode ligar furadeiras e similares no edifício onde moro no domingo)sem obter sucesso.

Então, na segunda feira, eu levei os coletores em um torneiro mecânico e ele os retificou em 10 minutos. Nada como ter a ferramenta correta.
Enquanto esperava o coletor ficar pronto, vi na oficina do outro lado da rua DT 180 e tive uma ideia inteligente: a junta do coletor da RD deve ser igual ao da DT! Procurei juntas de DT e não achei aqui em Vila Velha ou Vitória, mas no mercado livre tem e vou comprar. Como os coletores ficaram muito bons depois da retifica, resolvi montar as descargas mesmo sem as juntas e descobri que ela tem as juntas...danificadas é claro, mas tem. O resultado foi bom e o barulho diminuiu. Está vedando tão bem que as molas que mantem as descargas fixas nos coletores não estão dando conta e ainda há vazamento de gases de escape. Vejam no vídeo a seguir.

Agora, vamos falar das peças!! Dei muita sorte e comprei coisas que eu já havia desistido. Foi um farol Stanley original, o estribo em ótimo estado com as pedaleiras, duas carcaças de painel, os suportes do farol, a cobertura inferior do painel, a chave de ignição, o suporte da lanterna traseira e o suporte da bateria!!

Uma das carcaças do painel está muito inteira e tem até os vidros das lâmpadas piloto das setas, farol alto e luz de freio, além do suporte de borracha das lâmpadas piloto e anéis de borracha para assentar o conta-giros e velocímetro. Enfim, completo!!
A propósito, se alguém souber explicar para que serve uma lâmpada piloto de freio no painel eu gostaria de entender. Sempre escuto dizer que o freio dela não funciona, então deve ser para isso...pra mostrar que funciona, dai a parar a moto é outra coisa. kkkkk
Estou muito ansioso para montar o painel, instalar na moto e ver como é a indicação conforme o comportamento da moto. Por exemplo, já sei que a marcha lenta dela está em 1,5 rpm e é o correto. Mas isso fica para os próximos blogs.
No inicio do blog, citei que o gosto pelas motocicletas vinha da família de meu pai. Meu avô, tios e meu pai sempre andaram de moto e, um desses tios, possuía mais de uma moto. Um dias desses eu estava indo almoçar pensando como seria fácil reformar a RD 350 na oficina e com a ajuda deles quando encontro minha tia, a esposa desse tio que tinha mais de uma moto! Olha que coincidência! Parei um pouco para conversar com ela e disse no que eu vinha pensando antes de a encontrar. Ela riu muito e falou que ela, meu tio e duas sobrinhas saiam de Cachoeiro em uma das motos e iam até a lagoa do Siri em Marataízes. Isso, 4 pessoas em uma moto que, segundo ela, era enorme. A distância de Cachoeiro até a lagoa do Siri é de 46 Km, sendo 40 Km entre Cachoeiro e Marataízes. Para os padrões de hoje, não é nada de excepcional até ela me dizer que o trecho de 40 Km era sem pavimentação na época, o trecho de 6 Km era feito pela areia da praia e era necessário aguardar a maré baixar para ir e voltar. Imediatamente pensei, tenho a quem puxar e não sou tão audacioso como eu pensava!!

domingo, 12 de outubro de 2014

Conferindo os instrumentos do painel

 Pensando bem, eu devia tentar fazer os instrumentos funcionar antes de abrir, então comprei um cabo de velocímetro de CG e liguei no conta-giros. No início ele não funcionou e em seguida ele começou a registrar as rotações do motor, após "umas" aceleradas. Fiz uma gravação e notem que a marcha lenta dela está em 1500 rpm, nada mal.




De qualquer maneira, vou abrir para limpar a lente e o mostrador já que vou fazer isso com o velocímetro, assim, os dois ficarão iguais. Só registrando, o cabo de CG não serve nela e foi usado somente nesse teste.
Meu irmão apareceu no sábado e ficou olhando para o velocímetro tentando entender o funcionamento dos hodômetros conforme eu disse que faria. Eu insisti que precisaríamos fazer uma bucha para fazer o eixo ficar alinhado.
Eu queria colocar uma bucha bem ali
 Eu já havia achado o material para fazer a bucha...lembram do tubo de caneta que seria usada para substituir aquele duto dentro carburador, estão era ele que seria a bucha. Inclusive, ele aparece na foto ao lado esquerdo do alicate.
Nesse meio tempo, ligou um colega que comprou uma GS 800 da BMW e queria me mostrar, além de ver a RD. Descemos e tirei a RD da garagem, andando é claro e esperamos sua chegada. Nossa, a moto é muito grande e não sei qual é a graça nesse tipo de moto. Prefiro motos mais ágeis, por exemplo a Hornet ou a Tenéré.
Mostrei o que eu havia feito na RD, o que faltava fazer, blá, blá, blá e ele foi embora.
Voltando ao velocímetro, chegamos a conclusão que não precisaríamos embuchar, pois o hodômetro parecia estar funcionando. Montamos tudo novamente e hoje eu liguei na saída do conta-giros para testar. Correu tudo bem e os hodômetros passaram a registrar a kilometragem.
Completando o dia, retirei os escapamentos, o coletor de escape e o suporte das pedaleiras. Vou procurar uma junta para o coletor e mandar acertar as pedaleiras. O pedal do freio traseiro pega na pedaleira e o freio não funciona bem. Além de instalar lã de vidro nos silenciosos dos escapes.
Um fato curiosos que acontece com essa moto é "dar" pane seca mesmo tendo gasolina. O desenho do tanque dela "abraça" o quadro e acaba não havendo comunicação entre um lado e outro do tanque, ai precisamos tombar a moto para a gasolina passar. Ocorre que ela tem uma solução para isso, que é um duto plástico conectando uma lado ao outro por de fora do tanque...foi ai que lembrei que os pontos onde esse duto é conectado estão entupidos. Tentei com arame e não fez a curva. Comprei um cabo de aço de acelerador e parece que dará certo. Vou ligar o cabo em uma furadeira e tentar desentupir. Caso confirme, fica a dica.
Não contei nenhuma história nesses dias, então lá vai mais uma. Havia um sítio da avó de umas colegas (irmãs) em um local chamado "Cachoeirinha" e, pelo que lembro, tomávamos a estrada para gruta em Cachoeiro e seguíamos até lá. Hoje não saberia como ir. O que fazíamos lá? Nada, era só um bom motivo para passear de moto. Numa dessas vezes, estávamos só eu e o colega da ML preta, ambos com "garupa", "batendo" um "pega". Eu seguia na frente e ao passar sobre um "pontilhão" em uma lombada, caí com a moto desalinhada, a roda traseira deu uma "chicotada" e caímos. Levantei, logo vi que a moto não tinha sofrido nenhum dano sério e que eu também não...é, a moto primeiro. O colega da ML chegou perguntou se estava tudo bem, eu confirmei, mas...onde estava o meu garupa? Ele havia sido arremessado e caiu lá embaixo do pontilhão. Graças a Deus não houve nada com ele...lembrando que não usávamos capacete nessa época, 1978, tínhamos 12 anos e pesávamos 39 Kg.
No próximo domingo mostro como ficou o som dela com lã de vidro no silencioso.



quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Como já era esperado...mais uma "gambiarra".

Hoje estou de plantão por causa das eleições e não pude mexer na moto, mas andei nela ontem. Foi um passeio maior que o da semana passada pelas ruas do parque das castanheiras. Coloquei 6ª marcha, a embreagem e o câmbio na falharam. Antes disso, retirei a tampa lateral,fiz uma verificação geral e não identifiquei nenhum vazamento nos retentores do pinhão, virabrequim e eixo da embreagem. Só está muito sujo com óleo seco. A primeira vista, o interruptor do neutro está inteiro também.
Daí fui para o principal, o magneto. Para quem não sabe, isso é uma peça que produz energia elétrica fazendo um conjunto de imãs girar em torno de duas bobinas. Uma delas produz o sinal que vai para ignição, gera as faíscas das velas e detonam o combustível nos cilindros. Da outra bobina sai o sinal que é retificado em corrente continua e alimenta a iluminação, buzina e carrega a bateria. Na RD 350 original, o que existe é um gerador cuja diferença é a fonte do campo magnético, ao passo que o campo é produzido por imãs no magneto, no gerador o campo é produzido por bobinas alimentadas pela bateria. É uma diferença sutil, mas o resultado prático é que as motocicletas equipadas com magneto não precisam de bateria para andar. Então, o magneto não é o vilão do filme "X mens". kkkkkk
Os colegas lá do sul descreveram a adaptação deles, onde substituíram a ponta do virabrequim da RD antiga pela da RDLC e dai pra frente instalaram todo o sistema de ignição da RDLC. E eu estava procurando saber se a ponta do virabrequim já havia sido adaptado e, pelas foto abaixo, percebe-se que não foi.


Vejam que há um parafuso que alonga o eixo do virabrequim e várias porcas servindo de espaçadores...mais uma "gambiarra" que encontrei nela. E a "cereja do bolo" foi descobrir que a bobina da iluminação não está instalada...inacreditável, vou abrir novamente, pois não estou acreditando que fizeram isso. E se fizeram, vou ter que sacar a "m#$@da" do rotor para instalar a bobina.

A parte boa foi descobrir que a mesa dela é de RX 125 e que há uma maneira de alongar o virabrequim sem substitui-lo. Em um dos blogs que visitei no início de meu projeto vi a adaptação e não entendi bem na época. Agora, percebi que fixaram um "prisioneiro" na ponta do eixo do virabrequim, usaram uma mesa e rotor de RX e bobina de CB 400.
Bobina de CB 400


A bobina de iluminação é a de baixo e reparem o prisioneiro na ponta do eixo.

A mágica de gerar faíscas alternandas com um sistema de ignição para motos de um cilindro é feito pela bobina conforme já explique em outra postagem.
Terei que criar coragem, remover esse rotor, instalar a bobina, substituir o parafuso pelo prisioneiro e substituir o rotor.
Enquanto a coragem não vem, estou mexendo nos instrumentos do painel. Ontem eu abri o velocímetro.


Eu acionava o velocímetro com uma chave e o ponteiro não se mexia, além dos odometros que não registravam nada. Identifiquei o problema dos odometros, mas o ponteiro eu não sei o que impede o funcionamento. O problema dos odometros está no mancal de um pequeno eixo que está gasto e penso que vai ser fácil fazer uma bucha. Para descobrir o que há de errado com o ponteiro vou apelar para meu irmão. Ele adora ficar olhando para essas coisas.
Na semana que vem vou tirar as descargas e fazer as juntas dos coletores de escape, colocar os elementos dos silenciosos e remover as pedaleiras dianteiras para desempenar. Até lá!!!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Neste fim de semana não fiz nada na moto...só andei nela. Agora, saio e entro com ela ligada na garagem. Ontem o porteiro demorou para abrir o portão e encheu de fumaça. Teve um modador que pensou ser um incêndio...kkkkk! Hoje eu saí e dei uma volta pelo bairro...que legal poder chegar, ligar e sair andando sem a incerteza...será que ela liga ou os cilindros vão funcionar? Bom demais!!! Na semana que vem vou remover a tampa lateral do lado do magneto e verificar se há como pegar o sinal que vai para o retificador que alimenta a bateria e o circuito de iluminação. Outra boa noticia é ter recebido um e-mail da dupla de irmãos lá do sul que gostam de RDs. Eles estão me dando dicas super importantes sobre como devo melhorar a ignição. Como eu já havia comentado no blog, tudo o que li até o momento me levava a crer que ninguém entendia desse assunto: "ignição". Mas os dois sabem o que estão dizendo. Por hoje é só...até semana que vem.

domingo, 21 de setembro de 2014

A minha RD 350 está andando!!!

Para quem não acompanhou desde o ínício, a minha RD 350 era assim em Abril de 2014:

e agora está assim:

Eu sei que falta muita coisa, mas ela está andando!!! Ontem, 20/09/2014 andei nela pra valer ao longo da minha rua. Eu já havia andado outras vezes, só que sem o banco, com um cilindro só, sem marcha lenta e acabava voltado empurrando. Dessa vez não, andei pra lá e pra cá e ela entrou na garagem andando como um veículo!!!
Outra coisa legal foi cruzar com o vizinho que tem uma Kawazaki barulhenta e o barulho da RD abafar o da Kawa...kkkkk!
Agora vamos aos fatos do fim de semana...pois é, estou tão animado que comecei o blog pelo final!!! No fim de semana passado eu corrigi a roda traseira instalando o eixo, os esticadores e a porca castelo...mas o descanso não pôde ser instalado pq o esquema de fixação é dele é diferente. O da RD 1974 é fixado por um parafuso passante e uma porca. Já o da RD 350 LC  tem uma rosca na estrutura do descanso e precisei comprar um parafuso. Comprei durante a semana e instalei ontem à tarde.


Ficou bom, né? Não reparem a sujeira do motor...ela vaza óleo e gasolina pra todos os lados. Tem um lava jato na minha rua e vou ver ser eles lavam o motor dela. Assim vamos poder ver de onde vem esses vazamentos.
Outra coisa que fiz foram umas rolhas para garantir que não há entrada de ar pelas tomadas do autolub. Lembrando que uma das condições dessa restauração é produzir o máximo de peças artesanalmente. Peguei uma mangueira que sobrou dos dutos de respiro dos carburadores e cortei dois pequenos pedaços utilizando a tábua de cortar carne na cozinha lá de casa. (mais artesanal não existe):

esquentei uma das extremidades no fogão e pronto. É só instalar na moto!!

 Rolhas instaladas, chegou a hora de levar a moto pra fora e ver como ficou. Bem, vejam vcs mesmos!!!


Deixei um pouco acelerada de propósito para ver o que acontecia e ela não morreu como era de costume. Ficou funcionando direto e os dois cilindros não falharam. Então, fui dar uma voltinha!!



Note que ela pegou com uma "kicada" só. O barulho é muito forte pq o elemento do silencioso (lã de vidro) está saturado e precisa ser substituído...ai, não teve para a Kawa 600 barulhenta do vizinho...a RD 350 é mais!! Além do barulho da moto, o vento estava muito forte aqui em Vila Velha e apareceu no vídeo.
Logo que comecei a ligar ela na rua a uns 3 meses atrás, desceu um vizinho do meu edifício e reclamou do barulho...ele mora no sexto andar...é muito barulho mesmo, mas gostoso de ouvir.
Desculpem o desempenho do câmera men (na verdade, câmera girl), ela filmou o céu, o chão e etc, mas tá valendo. Guardei na garagem e mandei whats app pra todo mundo!!
Hoje, 21/09/2014, fui afinar a regulagem e experimentar opções, isto é, colocar mais ou menos ar na mistura. Ontem, fiz o básico do manual, dei uma volta e meia no parafuso da entrada de ar e acelerei ajustando o parafuso dos copinhos ou pistonetes como alguns gostam de chamar.
Eu ainda não peguei o jeito da regulagem em motos com dois carburadores e a RD 350 não ajudava, pois apresentava tantos problemas simultaneamente que não dava pra chegar nessa fase e hoje pude fazer isso. Consegui deixá-la bem ajustada e ia dar uma volta para sentir a estabilidade da regulagem, mas a gasolina acabou.
Por ultimo, apareceram umas mulheres bonitas (pra não dizer, gostosas) com roupa de ginástica e começaram a perguntar sobre a moto...até que em fim...eu já estava cansado de bêbados e chatos que pensavam entender de motos. Elas também não entendiam...e dai, tenho muita paciência e explico tudinho. kkkkk Ficaram um pouco e foram embora.
Logo depois, passou uma turma de garotos e um deles disse: "Olha, uma RD 350!!. Outro virou e disse: "Não, é uma CB 500" (ai!!!) e me pediram pra confirmar que moto era aquela. Enchi o peito e disse: RD 350! Ai, o que conhecia pediu para confirmar se era essa moto que dava "pau" na Hornet. Disse na "lata": Ela mesmo!!!
Por hoje chega. O próximo passo será iniciar a recuperação do sistema elétrico e, secundariamente, substituir o elemento do silencioso, verificar os instrumentos do painel, substituir os cabos de vela, lavar o motor.... O sistema elétrico vai ser complicado, pq é inerente desse tipo de sistema, e pq não sei qual o estado do magneto. Se a adaptação da ignição eletrônica seguir o padrão que encontrei até agora, estou fudido e vou sofrer um pouco.
Até a próxima.

sábado, 13 de setembro de 2014

Os tork induction chegaram...decepção!

Acabei comprando um par de esticadores de corrente de CB 400. Eles se parecem com os da RD, mas a furação do eixo é menor. Levei-os a um torneiro mecânico para dar um passo no furo e parece que vão servir. Além disso, contratei a confecção de um par de parafusos para marcha lenta que ficaram perfeitos.
O parafuso da esquerda é comprado pronto e não estava dando ajuste na marcha lenta, conforme comentei anteriormente.E, agora, tenho uma margem grande para regular a marcha lenta.
Os tork induction chegaram e o banco ficou pronto...pensei, o final de semana do dias 9 e 10/09 promete. Desci para garagem no sábado com todo esse material e percebi que os tork induction da RD LC não cabiam nela. Fiquei muito puto!!! Primeiro pelo erro na compra das peças e por perder um fim de semana. Além disso, para completar a tragédia, o passo no esticador esquerdo ficou pequeno e não passou no eixo...pensando bem, o trabalho do capoteiro no banco compensou tudo o que ocorreu de errado e salvou o final de semana. Ficou perfeito!!
O capoteiro fez esse banco somente com uma foto que lhe dei como referencia. Coloquei o banco na moto...espetacular como esse componente modifica a aparência da moto que esta cada vez mais bonita.
Falta agora fazer o limitador que mantém o banco aberto e não deixa o peso forçar as dobradiças provocando a quebra da base do banco. Eu não sabia onde esse limitador era fixado na moto, apesar de ter visto fotos da peça. Não havia ranhura ou furo onde ela pudesse encaixar e eu só sabia que a fixação no banco era através de um parafuso que deixei previamente instalado na parte de trás do banco.
Trilho onde é fixado o limitador de curso do banco
Foi ai que recorri a um blog onde uma RD verde foi reformada. Enviei um e-mail para o dono da moto e recebi uma boa explicação com fotos inclusive. A ponta da haste corre por baixo de uma estrutura que faz a união da ponta do quadro na traseira da moto, destacado em vermelho na foto acima...eu não iria descobrir isso nunca sozinho.
Depois do ataque de raiva por causa das peças compradas erradas, tive que me conformar com a situação e seguir em frente. Já que os coletores da RD 1974 são iguais aos da DT, tratei de providenciar um tubo para fazer o equalizador de admissão, pois como eu já havia explicado, a saída do energy induction da DT é menor que a saída do equalizador da RD LC e, por isso, não posso utilizar do tubo que comprei da RD LC. Durante a semana, fui comprar um tubo de alumínio para fazer o equalizador de admissão adaptado aos coletores da DT. Na loja onde fui havia uma variedade muito grande de tamanhos e materiais em que os dutos eram feitos. Além do duto de alumínio, comprei uma barra maciça em alumínio também, ambas com o mesmo diâmetro. Essa barra será usada para obstruir as saídas dos coletores caso o equalizador não funcione bem. "Gato escaldado tem medo de agua fria"...chega de surpresas!!!. É que até agora eu havia obstruído as saídas do energy inductoin com fita de autofusão, mas a fita derreteu.
Aproveitei, comprei uma barra circular em aço e um par de suportes usado para escorar automóveis. Com esses materiais eu pude levantar a moto e mexer na roda traseira com muita facilidade conforme a figura abaixo.

Sob o suporte que fixa a descarga e as pedaleira do carona é possível atravessar a moto com a barra de aço e suspende-la. Ficou muito bom e prático.


Tentei fazer o duto equalizador sozinho, mas não deu certo. Por não possuir as ferramentas adequadas, acabei quebrando o duro ao tentar fazer a segunda dobra...vejam na foto abaixo que eu estava indo bem...


Vou procurar alguém que faça essas dobras para mim e, enquanto isso, vou obstruir as tomadas do energy induction com a barra de alumínio.

Levei novamente os esticadores ao torneiro e corrigi o tamanho do passo no furo do eixo. Procurei também por um descanso lateral novo, comprei um reparo para haste do freio traseiro, recuperei a rosca do eixo traseiro e consegui comprar uma porca castelo. Ah! consegui comprar cupilhas!!! Hoje, tudo está mais fácil!! Na nossa CG 1977, o que fazia o papel de cupilha era um prego!!! Essas peças não existiam para comprar. Primeiro, nós tentávamos remover as cupilhas com muito cuidado para não quebrar, até que elas quebravam inevitavelmente, ai apelávamos e usávamos o que aparecia pela frente.
Hoje, (13/09), coloquei os esticadores, o eixo e o reparo da haste de freio.
Esticador, eixo e reparo da haste do freio instalados


Porca castelo
Não consegui instalar o descanso. Como sempre, precisei adaptar peças de outras motos e comprei um descanso de RD LC. O sistema de fixação desse descanso é feito por um parafuso rosqueado no próprio descanso, ao passo que na RD 74, o parafuso passa através do descanso e é fixado por uma porca. Vou comprar um parafuso que sirva e tudo bem. Mas, está bom...espero mostrar na próxima postagem ela andando...já tirei a poeira do meu capacete!!!
A história de hoje é com meu pai. Conforme falei em outra postagem, ele era muito habilidoso e resolveu consertar a maçaneta da porta do motorista do fusquinha da minha Mãe. (fusquinha esse que tem muitas histórias também)
Para fazer o conserto, ele precisou substituir a fechadura e a chave, consequentemente. E, após a tarefa, jogou a chave antiga  em um matagal que havia em frente a nossa casa. Ocorre que a porta do motor do fusca era aberta por esta mesma chave...então eu chego em casa no exato momento em que ele se dá conta da bobagem que fez e entra pelo mato adentro procurando a chave. Ele estava puto e eu fiz a bobagem de perguntar o que se passava...tomei um "esporro" daqueles e entrei no mato para ajudar a procurar...estava ficando escuro e tive a brilhante ideia de sugerir a substituição da fechadura da tampa do motor...tomei outro "esporro"...até que, por incrível que pareça, achamos a "merda" da chave. kkkkkkkkk

domingo, 27 de julho de 2014

Os cilindros funcionaram juntos..que bom!!!

Retirei a roda traseira ontem. Levantei a moto usando o macaco hidráulico que comprei só para isso e retirei a roda com muita facilidade, apesar da instabilidade da moto sobre esse macaco. Vou ter que pensar em outra solução para manter essa moto em pé quando for mexer nas rodas.
O sistema da roda traseira da RD 350 é muito interessante. Existe um eixo maciço passante e um outro oco que fixa a coroa. Isso permite remover a roda sem mexer na corrente...muito prático.
Levei a roda para consertar e fui procurar os tork induction, os esticadores de corrente e uma chave de boca com 30 mm. É, o parafuso desse eixo oco é grandão e não tenho essa chave! Primeiro, procurei um borracheiro e não encontrei. Acabei comprando uma camada de ar nova e levando a uma oficina para substituir tudo. Só para "variar", a roda da moto causou espanto. A panela do freio muito grande e os raios muito pequenos provocaram a curiosidade das pessoas na oficina. Ai vieram as perguntas de sempre...RD?...que RD?...num pode, a roda da RD num era assim, essa moto é perigosa e blá, blá, blá...kkkkk. Era isso que eu queria e imagina quando virem na rua e andando.
No final, não achei os tork induction, nem os esticadores de corrente e não deu tempo para comprar a chave de boca. Voltei pra casa e montei a roda sem colocar o esticador de corrente para continuar procurando. Lembrando que a furação do esticador da esquerda é maior que o da direita por causa do eixo oco.
Hoje fui confirmar o funcionamento do motor e tentar ajustar a marcha lenta.
Levei a moto para fora, dei a partida e bingo!!! Os dois cilindros estavam funcionando. Desliguei e liguei novamente...não foi sorte!!! Funcionavam juntos...quem bom!
Segui fazendo a regulagem da marcha lenta e, como nunca fiz isso em um motor com 2 cilindros, usei o procedimento do manual da RD. Ajustei a altura dos "copinhos" (pistonetes) verificando com os dedos a posição dos mesmos e abri a entrada de ar dando 1 volta e meia no parafuso. Regulei os parafusos de marcha lenta para ela ficar acelerada e liguei a moto. Ai era ir mexendo nos parafusos de entrada de ar até achar o ponto de maior aceleração e desacelerar no parafuso de marcha lenta. Mas, apesar de ligar com facilidade e os cilindro funcionarem juntos, ela não fica em marcha lenta. Fica acelerada e acaba morrendo. Tentei com mais ar, menos ar e nada. Até que chegou um bêbado...só faltava essa...e começou a dar palpites (puta que pariu). As pessoas não conhecem essa moto sóbrias e esse "bebum" pensava que conhecia. Tava ficando escuro, então resolvi guardar a moto e aguardar a chegada dos tork induction...é, encontrei e encomendei. Além disso, penso que a instalação dos novos coletores de admissão vai torná-la mais estável. Mas só será possível instalar os coletores com os tork induction. Verifiquei também que os parafusos de marcha lenta que estão nela parecem pequenos e dá pouco ajuste. Vou procurar outros.
Lembrei de uma boa hoje. No centro de Marataizes havia uma pequena igreja próximo à "Bacia das Turcas" e ao antigo quebra-mar que protegia a chegada dos barcos de pesca. A torre do sino era igualmente pequena e fácil subir. Ai, era só jogar a corda do sino para o lado de fora, arrumar um osso, amarrar na corda do sino, pegar alguns cães vira-latas e pronto!! O sino tocava a noite toda!!!! kkkkkkk

E o motor não funcionava direito

Como o motor não funciona corretamente nem rezando, passei a me concentrar na recuperação do banco que ficou um pouco esquecida.
Comprei um disco de lixar para furadeira, lixas d'agua, parafusos em aço inox e fiz o acabamento da base do banco. Fixei os parafusos com fibra de vidro, pintei e pronto...

Figura 13 - A base do banco pronta.


 Experimentei os encaixes no quadro da moto e ficou ótimo. Agora é só levar ao capoteiro e aguardar.
Estava desistindo em fazer um banco rabeta por duvidar que haveria um bom capoteiro que soubesse o que é um banco rabeta, mas fui surpreendido. Pois o camarada, além de dizer que fazia o banco e gravaria o "Yamaha" na rabeta, era um admirador de RDs 350. Inclusive, ele reconheceu o banco quando cheguei em seu estabelecimento. Coisa rara aqui no Espírito Santo...ninguém conhece essa moto por aqui.
Só que a vontade de ver a moto andando era grande, então eu a ligava todos os dias quando chegava em casa e o comportamento era o mesmo...só o cilindro da esquerda funcionava. Acontece que chego sempre por volta das 22:45h e os silenciosos dela não estão "abafando" nada...não precisa explicar muito!! Dá pra ouvir lá no 15º andar...kkkk. Mas ninguém reclamou ainda.
Outra coisa que fiz foi arrumar as descargas. As fixações não estavam boas...na verdade, os canos estavam fixados nos coletores de escape através de abraçadeiras de plástico...que derreteram.
Retirei as descargas, fiz novas furações, comprei as molas de fixação nos coletores e agora está tudo fixado corretamente. Só falta comprar a junta do coletor de escape ainda.

Figura 14 - Descarga guardada no apartamento

Guardei uma das descargas no banheiro de empregada que não é usado. Com o problema de funcionamento do motor, ela jogava muita gasolina pelas descargas e o apartamento ficou com cheiro de gasolina. Eu disse que não sabia de onde vinha o cheiro...
Outro problema era a poça de gasolina que ficava no chão toda a vez que eu ligava a moto. Então passei a fechar o registro, deixar os carburadores secar e assim não haveria gasolina para vazar. Foi ai que achei uma causa provável do mau funcionamento do motor...excesso de gasolina. Quando a gasolina ia acabando, o cilindro da direita funcionava.
Removi os carburadores e dei uma geral novamente, diminui o curso das boias e fixei corretamente o duto do giglée do carburador da direita. Só que levantei uma hipótese falsa que me fez procurar por uma solução inutilmente. É que pensei estar faltado um pequeno duto dentro do carburador da direita, exatamente o problemático.

Figura 15 - Falta um duto


Na figura 15 é possível ver a falta do tal duto no carburador a esquerda. Então, sai a procura de um duto desse tamanho e percebi rapidamente a dificuldade. Pensei, e agora? Um colega de trabalho procurou na sucata dos aparelhos de ar condicionado sem sucesso e eu achei um tubo de carga de caneta esferográfica que poderia servir.

Figura 16 - Tubo metálico da carga de caneta esferográfica

Enquanto procurava um meio de fixar o tubo, resolvi ver qual era a sua função e percebi que não havia nada errado. Na verdade, o duto serve para "pescar" gasolina quando o afogador é acionado e somente um dos carburadores faz isso. O outro recebe ar e gasolina extra por um duto que interliga os carburadores. Guardei a carga de caneta, afinal, nunca se sabe o dia de amanhã e parti para fixar o duto do giglée.
Usando um prego de alumínio, fabriquei um pino para fixação do duto conforme mostrado abaixo.
Figura 17 - Pino para fixação do duto do gilgée.


Vale comentar que encontrei  um pedaço de madeira fixando esse duto!!!!
Mas o pino não foi o bastante e precisei arrumar algo para "embuchar" do duto fixando-o corretamente ao corpo do carburador. E agora, como fazer isso? Foi quando lembrei da tampa de um tubo de bolas de tênis que eu havia comprado recentemente.

Figura 18 - Tampa do tubo de bolas de tênis

Cortei uma tira da tampa e passei a molda-la ao corpo do carburador. Depois, com um pouco de "jeito" e marteladas, cortei os excessos de lata e fiz o acabamento com uma lima. Perfeito, depois de um tempo de uso, ninguém vai ver isso ai.
Figura 19 - Moldagem da "bucha"




Figura 20 - Umas marteladas depois



Figura 21 - Pronto!

Montei tudo novamente e coloquei na moto hoje. Parece que obtive sucesso e os dois cilindros funcionaram juntos. Bem, dentro da garagem é difícil de ver, mas as duas descargas esquentaram bastante.
A parte chata foi descobrir que os tork induction que estão nela não cabem nos coletores de admissão que comprei da RD LC. Mais uma vez, parecem ser peças de DT 180.

Figura 22 - Não deu.


Amanhã vou remover a roda traseira, levar para consertar o pneu que está furado, retirar o "ajustador" de corrente para comprar o outro que falta e procurar um par de tork induction. Fiz consultas no mercado live também e estou aguardando, pois vai ser difícil encontrar aqui na ES.
Figura 23 - Nossa velha CG 1977

Acima, uma foto que tenho de nossa CG 1977. Essa foto foi tirada em frente a nossa casa em Cachoeiro logo após colocarmos o guidão mocho,  descarga esportiva e o mata-cachorro (protetor de motor). Nós não sabíamos, mas era uma café racer...de baixo custo, mas era!
No final de semana que passou descobri que um camarada que joga tênis comigo a muito tempo conhece um monte de colegas meus da época de escola. Mas, o que isso tem a haver com as motos? É que eu disse ter tido uma Puch e ele conhecia uma menina que teve uma também. Eu sei quem era ela, a única que andava de moto...era da "pá virada". Posteriormente, ela vendeu essa Puch para um grande amigo meu. Era laranja essa Puch, feia, não andava nada e vivia dando problema.
Minha Puch era azul, havia uma vermelha e uma mobilete cor de abóbora na minha roda de amigos. Além da Puch laranja. A vermelha era a que andava mais e conseguia subir o morro do Jaraguá com duas pessoas. A minha subia com uma pessoa só, mas era necessário fazer um curvão no meio da subida vedado (acelerando tudo o que podia) sem errar...com duas pessoas, só pedalando. Lembrando que, nós pesávamos entre 45 e 50 Kg.